O que você fez de janeiro?
Para muitas pessoas, esse pode ter sido um vislumbre do que realmente amam fazer
Espero te encontrar bem hoje. E aparentemente, o horário dessa newsletter está ficando cada vez mais tardio…Mas não falha: toda segunda-feira estarei aqui, entregando o que acho que terá mais valor pra você, dentro daquilo que eu sei.
Amanhã o interminável janeiro vai-se embora, e tenho a sensação de ter vivido uns 2 meses dentro dele, talvez até mais. Tiro minhas férias em dezembro, e por isso, vivi um período de poucos colegas trabalhando comigo, piscina do condomínio lotado e por aí vai.
Sei que estou no contra-fluxo quando vejo meus amigos nas redes sociais, principalmente os que têm filhos. Sexta-feira retrasada, testemunhei uma família argentina na praia da Ferrugem registrar uma foto de uns 5 priminhos, lado a lado, cada um com o seu picolé de uva entre as mãos.
Sei que ali acontecia algo que vai ficar para sempre na memória daquelas crianças, e possivelmente dos adultos também, tanto que fizeram questão de registrar. Imagino-os daqui a 20 anos, relembrando que quando eram pequenos, vieram ao Brasil passar férias na praia.
Essa mistura de verão com férias deixa marcas na gente; ainda que os tempos sejam outros, todo mundo parece viver um fuso meio diferente nesse período. Pessoas de meia-idade caminham, provavelmente iniciando um hábito motivados pelo Ano Novo.
Muita leitura, muita reeducação alimentar, pequenas reformas para a casa ficar mais agradável, roupas novas. Calçados e material escolar são trocados, numa intensa sensação de recomeço.
Da minha parte, confirmo todos estes movimentos: reeducação alimentar, academia, leituras em profusão, planejamento do trabalho do ano e ajustes domésticos. Mesmo trabalhando, encontro tempo para reencontrar os amigos.
E hoje, pensando sobre a finalização deste mês, me ocorreu de te perguntar: o que você fez em janeiro? Quem você viu, o que você leu? O que você comeu, bebeu?
Mesmo trabalhando, os dias mais longos te chamaram para fazer o que? Vejo vizinhos com cadeiras de praia sentados ao redor da pracinha do meu bairro. No meu prédio, tem um churrasco acontecendo todo sábado na piscina (não me chamaram, mas tudo bem).
Algo sobre esse período traz uma sensação de aproveitar melhor o tempo, as pessoas, os momentos. Você sente isso?
Aquilo que você faz questão de manter quando saem as suas obrigações são algo que você deveria lutar para conservar, pois falam das suas mais íntimas inclinações. Quando você tem o tempo livre, para o que se volta?
A cada ano, reafirmo um voto que fiz há muitos anos atrás: minha vida deve se parecer o máximo possível com aquela vida que levo nas férias. Pois é nas férias que dedico tempo, dinheiro e energia a viver aquilo que alimenta o meu ser mais íntimo.
Então hoje, te provoco: o que você pode se comprometer a manter ao longo do ano e que não deveria existir só em janeiro?
Me conta, que eu quero muito saber!