Estou desaparecida e com pelo menos 4 rascunhos interessantíssimos para finalizar e publicar aqui: sobre o que fazer com o seu dosha, sobre alimentação e nutrição, sobre uns quantos livros lidos.
Esses vão continuar marinando mais uma semana, por que a minha vontade hoje é de compartilhar com vocês minha última viagem a São Paulo. Voltei ontem.
Eu fui participar de um Congresso de Nutrição Funcional, na instituição onde estou cursando minha pós graduação. De quinta a sábado, tinha o congresso, e aumentei para 2 dias o passeio.
Eu sinto falta de ir a São Paulo rotineiramente, agora que meus pais saíram de lá.
Fiquei ali ao lado do evento, na rua Frei Caneca, num daqueles flats feitos especialmente para hóspedes. Essa facilidade é necessária, pois em congressos de nutrição, rola um lobby enorme no saguão.
São sacolas e mais sacolas de amostras, brindes, squeezes e outras ninharias para todos os participantes. Vem muita coisa legal, mas muito entulho também. A cada meio período eu passava em casa, pra deixar a bolsa vazia.
No primeiro dia, perdi o acesso às palestras mais importantes, e se o que não tem remédio, remediado está, puxei meus passeios de compras para esse dia.
Caminhei até a Martins Fontes da Paulista, interessada em me perder naquele terceiro piso cheio de ofertas. Sentei, abri um healing fiction por lá mesmo, e quando descansei, subi.
As coisas não estavam muito animadoras: não comprei nem um livrinho. Ao sair dali, comprei uma lata de jabuticabas maduras que o moço me vendeu no carrinho de mão, e fui para o shopping, em busca de certa loja específica.
Comprei minhas maquiagens na Kiko do Pátio Paulista, um filtro solar com cor em bastão na ADCOS, e de novo, me frustrei na Livraria da Vila. Nada estava atrativo (fosse o preço, fosse a obra).
Comprei papelarias na Miniso, e umas besteirinhas na Daiso, que já estava decorada para o halloween.
Almocei no Almanara, um árabe cheio de filiais, com comida honesta e saborosa. Impactada pelo congresso, escolhi a opção vegetariana, de falafel.
Nesse mesmo dia, ainda fui numa pizzaria que está hypada na cidade, a Leggera - que andou ganhando prêmios italianos pela qualidade/sabor/autenticidade/que seja.
Não estava ruim, mas já comi melhores ali em São Paulo mesmo. Fechamos o estabelecimento, conversando entre amigas do Clube de Leitura que participo, e parecia que nos conhecíamos desde sempre.
Na sexta-feira, me dediquei aos estudos dentro do congresso de manhã e à tarde, e conheci meus professores da pós graduação pessoalmente. Foi importantíssimo (pelo conteúdo e pelas pessoas).
Final de tarde, acompanhei meu marido num estúdio de gravação, que ficava pertinho da Oscar Freire, e aproveitamos para dar um sextou ali no Astor, meu bar preferido na cidade inteira desde 2013 (mas prefiro o da Vila Madalena).
Começou a chuviscar, abortamos o passeio a pé e tomamos um sorvete ali no Momo. Eles têm uns sabores diferentes, eu experimentei um de iogurte, damasco e amêndoas que ficou especial.
No sábado, depois da manhã no congresso, fomos até a Berrini conhecer o Oue Sushi, que tem um omakase midiático, com gelo seco e tudo mais. Adoramos a comida, o local e o atendimento.
De lá passamos na Casa Santa Luzia, que eu queria fazer compras. E de lá, no shopping Jardim Pamplona, que eu queria comprar um bolo especial (não tinha).
Andamos ladeira acima até o flat de novo, e eu voltei para o congresso, para as duas últimas palestras. Saí correndo minutos antes do final, por que a gente ia ao teatro.
Ali no hotel Renaissance, estava em cartaz o Norma, com Nivea Maria e Rainer Cadete - que foi substituído por Daniel alguma coisa. A história é mediana, mas a atuação de Nivea é tocante. Tem diálogos interessantíssimos.
Mal saímos da peça, já voltamos para o mesmo local: assistimos o Recém Nascido, de Pedro Cardoso, que é incrível, divertido, crítico e emocionante ao mesmo tempo.
Duas peças de teatro na mesma noite, nada mau. Aqui não temos muito acesso a essas coisas.
Caminhamos de volta para o flat pela Augusta, que fervia no sábado em todos os cantos. A sensação de segurança, de poder andar na rua depois das 23h, a pé, justamente por que a rua estava cheia, é muito boa.
O domingo amanheceu rachando de sol e calor, e eu deixei o melhor para o último dia. Fomos de metrô até a Liberdade, onde eu queria comprar ingredientes, passear, ver o bulício.
Já chegamos na barraca do pastel, passeamos nas minhas lojinhas prediletas. Descemos a Galvão Bueno pelo lado esquerdo, entramos na Glória, demos a volta.
Continuamos pela Galvão até a Tomás Gonzaga, pulei meu sushi preferido (já tinha comido sábado), e subimos pelo lado direito. Desci ao mercadinho, abasteci uma sacola de ninharias, como chips de alga, kimchi, balas divertidas e folhas de arroz.
De metrô, voltamos para o flat para fechar tudo e partir para a Mooca. Passamos a tarde em família, conversando, comendo, e só não perdemos a hora do voo por que eu fiquei pensando se tomava ou não mais um café (e pra isso olhei as horas).
Ficou faltando ainda caminhar ali pela Santo Amaro, rever a Vila Madalena no sábado à tarde, ir no viaduto Santa Efigênia um pouquinho. Anotei mais uns 4 restaurantes novos, que não deu tempo dessa vez.
São Paulo é pra mim um intervalo em que meu fuso muda ligeiramente para mais tarde, fico permissiva com a alimentação. Caminho, me permito um maravilhamento arquitetônico que meu bairro moribundo não permite vivenciar.
Minha cordialidade compulsória choca paulistanos nos elevadores, transporte público e demais ambientes onde os cumprimento ao entrar, causando um sobressalto. Não sou melhor que ninguém - se morasse em SP, também não cumprimentaria, provavelmente.
Hoje, ainda com a mala semiaberta onde acomodei roupa suja, compras de objetos, amostras recebidas no congresso e um único livro novo (até que enfim, no congresso, comprei), sinto a ressaca de ter vivido meses em 5 dias.
O modo JK exige intensidade, pouco sono, carboidratos refinados, sair do modelo padrão de funcionamento. Não é sustentável a longo prazo, mas é necessário quando nos propomos a sair da toca.
Já são 11 anos passando temporadinhas em São Paulo para estudar, trabalhar e conciliar com o lazer - eu amo. Tem alguma dica boa para a minha próxima ida?
Nossa, achei massa esse fim de semana em sp (me leva na próxima vez!rs).
Eu estudei na Liberdade quando criança, bem ali na rua da Glória (morávamos na Aclimação), bons tempos!
Se quiser uma ideia de passeio legal p/ a próxima visita: parque da Luz, Museu da Língua Portuguesa, Pinacoteca, Sala São Paulo. De repente um almoço no Restaurante Acrópolis (rua da Graça).
Agora vou voltar para o meu trabalho chato…haha, bjs!