Brincadeiras à parte, espero te encontrar bem! Ainda que exausta, que é o meu estado físico e atual do momento. Esse nível de cansaço generalizado que tanta gente declara me intriga.
Fico pensativa, matutando se tem cabimento a gente transformar a exaustão em “estado natural” de toda pessoa com uma vida pra cuidar. E intuitivamente, nego essa versão de mim mesma. A vida tem que ser mais que isso.
Enquanto não concluo a respeito da filosofia toda desse cansaço, minha curiosidade me leva a estudar o tema e existem diversas correntes de pensamento que tentam explicar o que se passa.
Num dos meus cursos de ayurveda, tive aula com a dra. Juliana Gabriel, endocrinologista. Ela nos ensinou sobre suplementação para diversos fins, sendo um deles a fadiga.
E foi ela quem também me apresentou a “semiologia da fadiga”, que é aplicado no consultório médico para tentar estabelecer correlação entre os sintomas e as prováveis causas orgânicas.
As pessoas com hipotireoidismo, por exemplo, têm a fadiga marcada por uma lentidão. Elas têm a sensação de estar se movimentando debaixo d’água, em câmera lenta mesmo. Até para ler alguma coisa, fica difícil.
Aqueles com deficiências de ferro e/ou que estão exagerando no controle dos carboidratos, acabam tendo uma intolerância ao exercício, e dormem, mas não repousam. Continuam cansados.
A fadiga da insônia e estresse tem a característica de não conseguir dormir à noite (ou dormir picado)e passar, obviamente, o dia todo com sono. Também é bem comum a fome aumentar, quanto maior for a privação do sono e do descanso.
E por fim, a fadiga por deficiência de vitamina B12 e folato, aparecem com dificuldade de concentração e memória. A pessoa perde a linha de raciocínio no meio da frase, parece que o cérebro está “traindo” você.
Supondo que você seja uma pessoa que se sinta fatigada: com qual dessas você se identifica mais?
É claro que esses 4 tipos de fadiga não são tudo sobre o assunto - os exames servem para confirmar ou descartar uma hipótese fisiológica.
A fadiga é um sintoma, não é a doença em si. Além disso, como quase tudo, é multifatorial e não se resolve só com uma medida, seja suplementação ou o tratamento que for.
A maior prevalência de fadiga é em mulheres em idade produtiva (para o mercado de trabalho, ou seja, de 25 a 55 anos). Isso já diz tanto, não?
Aproveitando que o ano vai terminar e muita gente vai tirar pelo menos alguns diazinhos de descanso, eu decidi compartilhar as informações que estou acessando sobre esse nosso cansaço.
Meu objetivo é dividir com você o que estou descobrindo e ser uma influência positiva para te incentivar a descansar. Não só uma vez ao ano, mas sempre que for preciso, e antes que o sintoma vire uma doença grave.
Quer saber mais sobre isso? É só ir abrindo os e-mails que eu vou te mandar durante os próximos dias. E se quiser falar sobre qualquer coisa que o assunto te despertar, clique em “responder” que eu vou adorar saber o que você está pensando!
Um beijo com carinho,
Oi, Thaís!
Coincidentemente passei por uma batelada de exames há um mês atrás para tentar identificar o motivo de tanta canseira, e os resultados foram exatamente esses que você mencionou no texto: começo de hipotireoidismo, ferro e ferritina baixos, B12 baixa e estresse nas alturas!
Também reflito muito sobre o que o mundo está nos trazendo com essa rotina cansativa e essa mentalidade de produtividade a qualquer custo.
Mas vamos seguindo pra melhorarmos né? Estou ansiosa por seus próximos e-mails.
Um abraço,
Celina.