Espero te encontrar bem hoje, e peço perdão pela ausência na última segunda-feira. Os últimos dias exigiram priorizar outros lados.
Aposto como você toma café todos os dias. 79% dos brasileiros afirmam tomar, de todos os estilos (dado do IBGE). Com a gourmetização da vida, hoje o ato de passar um café pode ter quantas etapas você quiser.
Nada contra, de verdade - o café só tem melhorado em termos de sabor, textura, experiência. Cafeterias são charmosas, acolhedoras, e o aroma de café parece deixar a vida mais aconchegante.
Ano passado, quando estive na Escandinávia, li sobre o hygge - a filosofia dinamarquesa criada para sustentar a dureza da vida passada majoritariamente no frio e escuro.
Clique aqui se você quiser ler um pouquinho mais sobre o Hygge, lá no meu site.
O café parece ser a verdadeira força motriz da maioria da humanidade. Para muitos, inclusive, não há ritualização ou café gourmet.
É aquela martelada que permite à pessoa acordar e ir fazer o dia dela acontecer. Dois, três - conheço pessoas que bebem uma garrafa térmica inteira, sozinhos, por dia.
Neste momento, estou sem café há exatos 10 dias. Senti dores de cabeça, mal-estar e alguma fraqueza nos primeiros 5 dias com muita intensidade. Agora, resta a vontade de tomar.
E por achar muito difícil suportar mais uma restrição entre as tantas que já venho fazendo, aproveitei para pesquisar sobre a cafeína e seus diversos efeitos. Atualmente, é ponto pacificado que nem todos se dão sem com a substância.
Ao passo que muitas pessoas (e pesquisas) referem benefícios de utilizar o café como um suporte cognitivo, de pré-treino, de uma forma estratégica. Ou seja: tudo depende (como sempre).
Para Ayurveda, os alimentos e substâncias funcionam da mesma maneira. Passei um bom tempo e até hoje não memorizei todos os alimentos testados pelos autores dos livros clássicos. Eles testaram de tudo e mais um pouco.
Isso inclui não só comidas usuais, mas também os tipos de água. Já notou como a água de um lugar ou outro tem sabor diferente? Pois eles não só experimentaram, e classificaram por sabor, como também os efeitos imediatos e tardios no corpo.
De acordo com os clássicos, o sabor do café (na boca) é picante e amargo, o que todo mundo sabe. O pós digestivo é picante (isso é muito interessante - tem alimentos que começam doces e terminam ácidos, por exemplo).
E é justamente pela sua picância que hoje em dia, me faz mal (estou em tratamento para refluxo gastroesofágico). Já era descrito como um estimulante, não só da mente como da circulação sanguínea.
Portanto: ajuda muito quem tem problemas com concentração, pressão baixa, depressão… e prejudica quem tem ansiedade, já é muito irritado/impaciente, além de ter uma constituição mais “quente”.
Em palavras conhecidas por quem é da área: o café pode agravar os doshas do corpo pitta e vata, e o dosha da mente rajas. E pode atenuar quem tem o dosha do corpo kapha e o dosha da mente tamas.
Nada dessas palavras acima fizeram sentido pra você? Doshas são tendências ao desequilíbrio, referentes ao nosso corpo e mente. Estamos sempre tentando manter o corpo e a mente em equilíbrio.
Ayurvedicamente, fazemos isso dando estímulos opostos ao que já somos: pessoas mais quentes precisam de alimentos e temperos mais refrescantes. E assim por diante.
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Moral da história: assim como na medicina ocidental, o café é visto pelo ayurveda como uma ferramenta. Você usa conforme a necessidade.
Como bate o cafezinho aí dentro de você? Te dá taquicardia, dificuldade pra ter um bom sono à noite, azia? A auto-avaliação é que vai dizer se ele te ajuda ou te atrapalha.